sexta-feira, 22 de maio de 2009

É necessário ser ?


Ontem eu andando pelas ruas distraído com os meus pensamentos, um senhor de estatura mediana, fez-me uma pergunta da qual me espantou profundamente, um homem da qual eu nunca tinha visto, mas tinha a certeza que conhecia no mundo dos pensamentos. Fez-me a seguinte pergunta, para se fazer uma poesia era necessário ter diploma de Língua Portuguesa?

Diante disso veio a minha mente o que ocorreu no segundo ano do ensino médio, o professor em sua aula de literatura afirmou para os seus alunos, que para se fazer poesia era necessário ter um profundo conhecimento na gramática, - poesia não era para qualquer um. Também veio em minha mente no dia do encontro da Sociedade Philosophia, a notável Maíra Menezes, umas das moderadoras da sociedade recitou um poema de Severino de Andrade Silva, mas conhecido como Zé da Luz. Onde ele escreveu um belo poema em protesto contra as pessoas que falaram que para se fazer poesia era preciso saber um português correto...

Isso tudo ocorreu em segundos, como filme, logo voltei a olhar diretamente aquele homem, aonde respondi, que para mim não era preciso ter nenhum diploma, ter Ph. D. ou pós-doutorado.Porque as poesias são feitas com sentimentos,e era necessário uma noção básica,mas não reprimir nossos sentimentos por não ter uma faculdade de Língua Portuguesa. E a meu ver a poesia só é uma forma de entender a complexidade dos sentimentos.

Respondido, o homem logo se foi, mas antes de ir ele disse-me que, - as poesias eram o fruto dos verdadeiros sentimentos.

E para o resto da sociedade o que eles pensam sobre isso, será que para eles e preciso sim ter diploma ou saber um português correto para se fazer uma poesia e reprimir seus sentimentos?

Vou colocar aqui o poema de Zé da luz, boa viagem:



Ai! Se sêsse!...


Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dos se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!



P.S. Desculpe pelo texto mal elaborado e mal acentuado.

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